(67) 99640-3517 | (67) 99638-5172

A AEAGRAN e a implantacão da Agronomia federal em Dourados

Eng. Agr. Edgard Jardim Rosa Junior

Com a Marcha para Oeste, o presidente Getulio Vargas resolveu tomar definitivamente posse dessa grande região brasileira em nossas fronteiras, pois se tinha grandes problemas locais, como o domínio da Mate Laranjeira, abandono dessa imensa região no pós guerra do Paraguai e dos poucos agricultores que ainda lá trabalhavam e ocasionalmente até pequenas invasões de paraguaios. Para tanto, criou o Território Federal de Ponta Porá e a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND).

Também foi implementada, pelo Governo Estadual, embora com área menor, a Colônia Municipal de Dourados, que posteriormente originou o município de Itaporã.

A CAND foi o chute inicial para o grande desenvolvimento de nossa região e do AGRO, mas até o tal desenvolvimento vir, muito problemas aconteceram. O primeiro deles, e maior de todos, foi que os agricultores que vieram trabalhar na CAND não tinham experiência com o campo. Esse fato gerou, a partir do final da década de 40, por parte do Chefe da CAND, Sr. José Coutinho Aguirre, uma grande mobilização para que nessa região fosse criado um Curso que formasse profissionais da área da agricultura, causando ainda a vinda de muitos Eng. Agr. para  nossa região.

Esse movimento cresceu muito e, mais tarde teve apoio de órgãos de classe, especialmente da AEAGRAN, da Igreja Católica e Protestante, Maçonaria, Associação Comercial de Dourados e políticos da região. Dentre esses merece citação o prof./Vereador/Deputado Celso Amaral que mobilizou muitos estudantes e a luta pela Faculdade de Agronomia se intensificou.

Em função dessa grande e longa mobilização, o Governo Estadual Construiu os prédios para abrigarem a FACULDADE DE AGRONOMIA (Figura 1).